Outra fonte de polémica que está na ordem do dia é a reforma do actual modelo de Segurança Social, tendo em vista a sua sustentabilidade. As questões menos pacíficas pareciam ser as relacionadas com a diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social, e que podiam ter a ver com o alargamento da base de incidência contributiva do regime geral dos trabalhadores por conta de outrem e com a introdução de um factor de correcção no regime dos trabalhadores independentes. Se o aumento das taxas contributivas fosse considerado para efeitos de cálculo de futuras prestações e pensões, estas seriam incrementadas e, por conseguinte, verificar-se-ia um aumento dos encargos da Segurança Social e parece que esta não é uma solução que leve à sua sustentabilidade.
Presentemente, o PS defende como eixos principais da reforma da Segurança Social o ajustamento da idade de reforma à esperança média de vida, a actualização anual de pensões de acordo com o crescimento económico, a definição de um tecto máximo para as pensões mais elevadas, uma nova fórmula de cálculo de pensões que abrange todo o período contributivo e a valorização dos períodos contributivos mais longos.
1 comentário:
Sob o ponto de vista ideológico defendo um Estado que promova a solidariedade entre os cidadãos e que lhes faculte meios de sustento após a sua reforma.
Contudo, numa época em que o tempo mental está tão acelerado, sendo o amanhã hoje e o tempo de reforma um lugar incerto e longíquo, julgo que seriam poucas as pessoas a descontar de livre vontade para a Segurança Social.
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