terça-feira, outubro 10, 2006

Caixinha de Fósforos


No dia em que se conheceu o nome provável do sucessor de Kofi Annan, o Sul Coreano Ban Ki-Moon, foi realizado o primeiro teste de uma arma nuclear na Coreia do Norte. Coincidências!
Este acto foi firmemente condenado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, que definiu o acto de Pyongyang como “uma ameaça para a paz e para a segurança” da região. Ao que parece o teste foi subterrâneo, e por isso não foi libertada radioactividade (é o que se diz, ou a palavra que se quer fazer passar!), tendo a explosão registado uma magnitude de 3.6 na escala de Richter.
Junta-se então a Coreia do Norte às potências nucleares conhecidas (conhecidas sim, porque, com certeza existirão outros país detentores de armas nucleares, mas que ainda não se conhecem como tal), sendo os Estados Unidos o país que detém o maior arsenal nuclear, logo seguido da Rússia.
O Tratado sobre a Não Proliferação Nuclear, obriga os países que não têm armas nucleares a não as desenvolver, mas concede o “direito inalienável” de desenvolver tecnologia deste tipo para fins pacíficos. Tudo bem, mas qual é a peça do puzzle que me está a escapar?
Para quê ogivas nucleares? O que estará a falhar quando se grita aos ouvidos do mundo e se apela ao desarmamento nuclear, quando nem sequer se consegue fazer parar os testes nucleares?
Parece que estamos a ver uma criança com uma caixinha de fósforos, e ficamos de braços cruzados à espera que, a qualquer momento, ela deite fogo à casa.

2 comentários:

Anónimo disse...

pois é, a ver vamos onde é que isto vai dar!

cs disse...

Só espero que não vá dar às mãos de alguém que faça do mundo refém, ou que o destrua ao tentar fazê-lo!