quinta-feira, outubro 26, 2006

O PCP e a Coreia do Norte

Xiça, que o Editorial da edição de hoje da Revista Sábado, dá porrada no PCP que eu vou-vos contar, ai vou, vou. Cá vão algumas partes transcritas:
"Por muito que mantenha o seu ar de avô cantigas, Jerónimo de Sousa tem uma ideologia. É uma ideologia perigosa. O líder do PCP, bem como todo o comité central do Partido Comunista mais retrógado da Europa, acredita que a Coreia do Norte é um modelo de sociedade invejável, um exemplo a seguir e uma "democracia" à antiga. Os comunistas pensam assim também da China, de Cuba, do Vietname e do Laos. Todos eles países com um partido único, jornais e comunicação social controlada e filtrada pelo Governo, censura, repressão, tortura e perseguição política. São países que o PCP admira, inveja e em relação aos quais não se cansa de demonstrar solidariedade. (...) No sítio oficial do Avante! (...), pode ler-se que são os Estados Unidos que "forçam à opção nuclear". "As autoridades norte-coreanas consideram que o desenrolar dos acontecimentos prova que a RPDC tinha razão quando se decidiu pela opção nuclear." Opção aprovada, portanto. E não vale a pena ler muito mais do que o PCP publica. Senão chegamos à conclusão de que, na cabeça ferrugenta e fechada de Jerónimo de Sousa, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) têm toda a legitimidade para sequestrar inocentes, colocar bombas em sítios públicos e comercializar droga apesar de quererem derrubar um regime democrático com eleições livres e plurais; a Coreia do Norte, liderada por um regime dinástico e ditatorial, tem todo o direito de anexar a Coreia do Sul, que é uma democracia desde 1987; e os maiores crimes contra a humanidade não foram cometidos pelos regimes soviético (do camarada Estaline) e nazi, mas sim pelas "forças imperialistas (...), pelos governos dos EUA e Israel". Quanto a elucidações, desvarios e tendências ditatoriais, estamos conversados. O que falta lembrar é que este partido de aspirantes a déspotas lunáticos não está na outra ponta do mundo - está em Portugal, apresenta-se como democrático e tem um líder simpático e afectuoso à frente."

2 comentários:

FL disse...

Um alien pergunta sinceramente:
Mas o PCP acredita mesmo nisto?
Algo me diz que o autor do texto deve ir votar não à discriminalização do aborto depois de uma refrescante missa dominical.

cs disse...

Pessoalmente, acho que não acredita.