Salas de Chuto nas Prisões

Devo dizer desde já que, pessoalmente, não concordo de todo com a implementação de salas de injecção assistida e com a introdução de máquinas de trocas de seringas usadas por novas nos estabelecimentos prisionais.
Não concordo por vários motivos, e até espero estar errada (será bom sinal)!
Porque me parece que o pressuposto base está desde logo errado, ou seja, admite-se, pura e simplesmente, que existe droga dentro dos estabelecimentos prisionais e que não há como acabar com ela.
Porque existe forma de prevenir e reduzir o consumo de drogas ilícitas dentro dos estabelecimentos prisionais através de Programas de Substituição com Metadona, de Unidades Livres de Droga, de Programas de Motivação para o Tratamento, e de Programas de Antagonistas e outros, com os quais já se gastam milhões nas cadeias portuguesas.
Porque me parece que a segurança nos estabelecimentos prisionais vai diminuir, quer para os guardas, quer para os reclusos.
Porque uma seringa é uma arma!
Será que não seria melhor implementar novos dispositivos de segurança e detecção de droga dentro dos estabelecimentos prisionais?
Será que não seria melhor não haver contacto entre reclusos e visitas como se faz em Espanha e desta forma diminuir drasticamente a entrada de droga nas prisões?
E o que fará um guarda prisional quando achar que um determinado recluso tem droga em seu poder e se dirige para a sala de chuto? Não fará parte das suas funções proceder a uma revista e retirar-lha se for esse o caso?
Um estabelecimento prisional não é um local de alta segurança onde se encontram detidas pessoas consideradas perigosas para a sociedade, não podendo essas pessoas ter à sua disposição qualquer substância que represente perigo para a sua saúde e para a sua vida, no qual é expressamente proibido o consumo de drogas?