quarta-feira, setembro 13, 2006

Orçamento Familiar

Custa-me ainda a existência de casais onde o salário auferido pela Mulher seja visto como um complemento ao orçamento familiar, utilizado em gastos do dia-a-dia, gastos sem importância, futilidades, diga-se, sendo o salário do homem aplicado em coisas que parecem realmente importantes, como por exemplo para fazer um pezinho-de-meia ao fim do mês, para comprar os livros escolares para os filhos, para pagar o seguro do carro, a prestação da casa, e essas coisas. Não é esta divisão de gastos que me choca, não, não é! O que me choca, é que esta divisão parece partir de princípios de poder, ou seja, parte-se do princípio que tem mais poder quem introduzir maiores recursos financeiros no casamento. Mas ainda há quem viva assim… Será?

1 comentário:

Maria Papoila disse...

O hábito ancestral da submissão da mulher ao homem está de tal forma enraizado na sociedade, que ainda hoje, para muitos casais, é difícil reconhecer a igualdade. Mas a verdade é que na maioria dos casos a mulher ganha menos do que o homem, contudo, e em pleno século XXI, isso não deveria significar menos poder. Não podemos ver isto do ponto de vista do género mas sim encarar a coisa pelo prisma económico! Também acho que os gastos devem ser divididos mas isso nem sempre é possível. Se num casal o homem ganhar 1000 € e a mulher 500€ ou vice-versa, não há divisão possível. Alguém tem que contribuir mais!