sábado, março 31, 2007

Bom senso e ponderação


(Zona onde vai ser construída a aerogare do futuro aeroporto da Ota)


Mais uma vez se vai falar da Ota!

Não sendo eu um conhecedor ou um técnico na área, venho apenas dar a minha opinião, sobre um tema que a todos nós (Portugueses) diz respeito, dado que esta obra irá custar muito dinheiro ao Estado Português e, por consequência a todos nós Portugueses.

Não vou dizer que a escolha da Ota para o futuro aeroporto internacional de Lisboa é boa ou má, apenas vou pedir a quem decide, que não decida por capricho ou por qualquer outro motivo que não seja o melhor interesse de Portugal e dos Portugueses. É com base neste interesse que eu apelo ao bom senso e à ponderação, na analise de todos os estudos que já existam e de outros que possam vir a ser efectuados e, que no final se tome a melhor decisão.

Uma obra que vai custar ao erário público cerca de três mil milhões de euros, sem duvida que deverá ser bem ponderada, especialmente se (no máximo) ao fim de vinte anos de utilização tiver atingido a capacidade máxima, sem hipótese de expansão, tal como aponta o ultimo estudo da empresa que gere o tráfego aéreo em Portugal, a N.A.V.. Ainda segundo este estudo o tráfego aéreo no Ota será severamente constrangido pela proximidade da Base Aérea de Monte Real, onde se encontram os F16. A mudança da esquadra para outra Base, eliminaria este problema (mais custos). A zona da Ota está muito próxima de uma serra com 600 metros de altura, será bom construir um aeroporto tão próximo de uma barreira geológica destas? As pistas e os edifícios deste aeroporto serão construídos em leito de cheia, e segundo um especialista internacional na matéria referiu, nunca se viu um investimento destes numa zona com esta característica. Para finalizar o aeroporto terá duas pistas, segundo os projectistas poderia permitir descolagens e aterragens em simultâneo, podendo ter um tráfego máximo de 80 aviões por hora. Ora o atrás referido estudo da N.A.V. vem dizer que este número é irreal, dado que não será permitido, devido à localização das pistas descolagens e aterragens em simultâneo, descendo assim o tráfego para 40 a 50 aviões por hora.

Face a todos estes factores e mais alguns que eu desconheça, é que eu peço bom senso e ponderação, aquando da decisão final, dado que existem boas alternativas à Ota. Rio Frio, Montijo ou então um segundo aeroporto na zona de Lisboa para os voos do tipo “low cost”, etc, etc. Alternativas não faltam, haja bom senso e talvez um pouco de coragem para as analisar e ponderar.

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