domingo, novembro 12, 2006

Congresso do PS

Realizou-se neste fim de semana o Congresso do PS em Santarém, ao qual e com muita pena minha não pude assistir ao vivo e a cores. Também é necessário conciliar a vida familiar e a política, e este fim de semana foi a vez da política ser sacrificada. Mas tenho seguido as notícias e congratulo-me por o Secretário Geral José Sócrates ter anunciado a posição oficial do PS relativamente ao referendo sobre o aborto, anunciando que “o referendo é para respeitar, ganhe o sim ou ganhe o não”, ou seja, que “a posição do PS só pode ser uma: só aprovaremos a lei se o sim tiver mais votos que o não”.
Agora digo eu: é preciso mobilizar, chamar as pessoas a ir votar e a pronunciarem-se directamente sobre a questão da despenalização do aborto, por ser uma matéria de relevante interesse nacional, na qual todos nós temos uma palavra a dizer.

2 comentários:

Maria Papoila disse...

Eu não concordo! Penso que tudo deve depender do número de eleitores que votarem. Se houver muita abstenção, parece-me que o referendo não terá valor. E se as pessoas não forem votar, é porque deram pouca importância ao assunto e se assim for, então deve ser o governo a decidir pela alteração da lei. Acredito que o SIM ganhe se não houver muita abstenção mas se houver creio que isto não passará de uma reiteração do passado. Os portugueses têm que ir votar. Porra, tantas décadas houve em que os nossos pais não puderam exercer este direito e agora que a coisa se processa de forma democrática o povo demite-se de votar! Nã pode ser!

cs disse...

Concordo contigo quando dizes que as pessoas devem e têm de ir votar, não só em referendos, mas em todo o tipo de eleições. A democracia participativa é assim que se efectiva, com o exercício do direito de sufrágio, o qual constitui um dever cívico de todos nós.
Voltando ao referendo. O resultado de um referendo constitui a vontade do povo, e é vinculativo se o número de votantes for superior a metade dos eleitores recenseados. Por isso é que apelo à mobilização, para que o resultado do referendo seja representativo da vontade do povo, e se o povo não quer ir votar, é porque o assunto sobre o qual é chamado a pronunciar-se não lhe interessa. Se, pelo contrário, o povo for votar e a maioria se pronunciar pelo NÃO, quem é o Governo para contrariar a vontade do povo numa matéria tão sensível como esta? Quem é o Presidente da República para promulgar uma lei de orientação contrária ao resultado da opinião dos portugueses, depois de lhes ter pedido para se pronunciarem? Então para que servia o referendo?
É claro que eu também gostava que o sim ganhasse...;)